O Balão Intragástrico consiste em um balão de silicone que é colocado vazio no interior do estômago e depois é lentamente preenchido por um líquido. É introduzido por endoscopia, sem cirurgia, apenas sob uma sedação leve. Este balão ocupará parte do espaço do estômago, determinando assim uma sensação de saciedade precoce e diminuição do consumo de alimentos, facilitando a adaptação a uma dieta hipocalórica.
O balão é indicado para pacientes com IMC (índice de massa corpórea) acima de 27 kg/m2 que não obtiveram sucesso no emagrecimento com tratamento clínico da obesidade (dieta, atividade física, medicamentos).
Nos primeiros dias após a implantação do balão são
comuns náuseas, vômitos e/ou dor abdominal de intensidades variáveis.
Serão prescritos medicamentos pelo Dr Vitor para tentar controlar ao máximo
estes efeitos colaterais, incluindo hidratação e medicação
endovenosa.
Complicações mais raras incluem intolerância permanente (vômitos
incoercíveis por maior tempo do que o previsto), úlceras e erosões
gástricas, infecção fúngica em torno do balão,
vazamentos provocando esvaziamento do balão e subsequente migração
do balão para o intestino delgado. Tais fatores poderão obrigar
a equipe médica a indicar uma intervenção endoscópica
e até mesmo retirada do balão mesmo antes do tempo previsto.
Por seu desgaste natural, deve ser retirado no período de 6 meses, pois é constituído de material que sofre risco de degradação. Portanto, é um método temporário no tratamento da obesidade.
Espera-se uma perda de peso de cerca de 15% do peso inicial, mas este resultado depende muito da aderência do paciente ao programa de tratamento. O balão é só uma ferramenta para que o paciente promova uma mudança consistente nos hábitos de alimentação e atividade física e então consiga perder peso. Por este mesmo motivo, após a retirada do balão há necessidade de manter os bons hábitos para conseguir manter a perda de peso alcançada durante o tratamento com o balão.