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O que pode causar barriga inchada? 7 causas comuns do inchaço abdominal!

Sentir a barriga estufada, endurecida ou com desconforto após uma refeição ou ao longo do dia é uma queixa comum entre homens e mulheres de diferentes idades.

Na maioria das vezes, o sintoma não representa algo grave. No entanto, quando se torna recorrente, é fundamental investigar as possíveis origens do problema.

Neste artigo, vamos explicar o que pode causar barriga inchada, destacando 7 motivos frequentes para esse desconforto abdominal, suas características, quando se preocupar e a importância do acompanhamento médico. Vem com a gente!

1. Gases intestinais: a causa mais comum e subestimada

A presença excessiva de gases no trato gastrointestinal é uma das causas mais comuns do inchaço abdominal. Esse acúmulo pode ocorrer por diversos fatores:

  • Engolir ar ao falar ou mastigar rápido demais;
  • Consumo elevado de bebidas gaseificadas;
  • Alimentos fermentativos (feijão, couve, brócolis, repolho, entre outros).

Em geral, a distensão causada por gases é temporária, mas pode ser intensa. Em alguns casos, está associada à síndrome do intestino irritável (SII), condição que altera a motilidade intestinal e exige acompanhamento especializado.

2. Constipação intestinal: quando o intestino fica lento

A dificuldade para evacuar regularmente leva ao acúmulo de fezes no intestino grosso, o que contribui para a distensão abdominal, sensação de peso e até náuseas. A constipação pode estar relacionada a:

  • Baixa ingestão de fibras e líquidos;
  • Sedentarismo;
  • Alterações hormonais;
  • Uso de medicamentos (antidepressivos, antiácidos com alumínio, opioides).

Pacientes com intestino preso cronicamente devem ser avaliados por um gastroenterologista para investigar possíveis causas orgânicas ou funcionais.

3. Intolerâncias alimentares: quando o corpo rejeita certos nutrientes

Outro fator importante que pode causar barriga inchada são as intolerâncias alimentares. Elas ocorrem quando o organismo não consegue digerir adequadamente certas substâncias, como:

  • Lactose: açúcar presente no leite e derivados;
  • Glúten: proteína presente no trigo, centeio e cevada (especialmente relevante na doença celíaca);
  • Frutose: açúcar encontrado em frutas e adoçantes artificiais.

Além da distensão, esses quadros podem causar diarreia, flatulência, cólicas e cansaço. A confirmação é feita por testes laboratoriais ou dietas de exclusão supervisionadas por profissionais de saúde.

4. Alterações hormonais: influência do ciclo menstrual e menopausa

Nas mulheres, é comum que o inchaço abdominal ocorra em determinados períodos do ciclo menstrual, especialmente na fase pré-menstrual (TPM).

Isso se deve às oscilações hormonais — como o aumento da progesterona — que favorecem a retenção de líquidos e a lentidão intestinal.

Na menopausa, as mudanças hormonais também podem alterar o metabolismo e favorecer a sensação de estufamento, muitas vezes associada a acúmulo de gordura abdominal.

5. Disbiose intestinal: desequilíbrio na flora do intestino

O intestino humano abriga trilhões de bactérias que auxiliam na digestão, na produção de vitaminas e na defesa do organismo. Quando há um desequilíbrio entre as bactérias benéficas e as patogênicas, ocorre a chamada disbiose.

Esse desequilíbrio pode estar por trás de sintomas como:

  • Inchaço persistente;
  • Alterações do hábito intestinal (diarreia ou constipação);
  • Fadiga crônica;
  • Queda da imunidade.

A disbiose pode ser desencadeada por má alimentação, estresse, uso indiscriminado de antibióticos e outras medicações. O tratamento é individualizado e inclui mudanças alimentares, probióticos e acompanhamento médico.

6. Distúrbios gastrointestinais funcionais: o papel da síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio funcional crônico que afeta o cólon e compromete o ritmo e a qualidade do funcionamento intestinal.

Um dos principais sintomas relatados pelos pacientes é justamente o inchaço abdominal recorrente, que pode vir acompanhado de:

  • Dor ou desconforto;
  • Alteração entre episódios de diarreia e constipação;
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Ansiedade e estresse emocional.

Embora não exista uma cura definitiva, há tratamentos eficazes para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O diagnóstico é clínico, feito com base em critérios específicos (como os critérios de Roma IV) e exclusão de outras doenças.

7. Doenças mais graves: atenção aos sinais de alerta

Embora a maioria dos casos de barriga inchada tenha causas benignas, é importante estar atento a sinais que podem indicar algo mais sério. Entre as patologias mais graves associadas à distensão abdominal estão:

  • Ascite: acúmulo anormal de líquido na cavidade abdominal, geralmente causado por doenças hepáticas como a cirrose;
  • Cânceres abdominais: como câncer de ovário, cólon, estômago ou pâncreas;
  • Obstruções intestinais: que exigem intervenção médica imediata.

Alguns sinais de alerta que merecem atenção:

  • Inchaço abdominal persistente por semanas;
  • Perda de peso involuntária;
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Vômitos frequentes;
  • Dor intensa e progressiva.

Diante desses sintomas, é necessário procurar uma avaliação médica urgente.

Quando procurar um especialista?

Se o inchaço abdominal é recorrente, interfere na sua rotina, ou está associado a outros sintomas gastrointestinais, é importante procurar um gastroenterologista que vai avaliar os fatores envolvidos, solicitar exames e indicar o melhor tratamento.

Muitas vezes, apenas mudanças simples no estilo de vida — como a adoção de uma dieta balanceada, aumento na ingestão de água e prática regular de atividade física — já trazem grande alívio. Em outros casos, será necessário um plano terapêutico mais específico.

Considerações finais

Conforme vimos, saber o que pode causar barriga inchada é o primeiro passo para lidar com esse sintoma de forma mais consciente e segura.

Embora, na maioria das vezes, a origem seja benigna e funcional, o inchaço abdominal nunca deve ser ignorado quando se torna frequente ou limitante.

Portanto, se você sente que está com a barriga inchada, procure ajuda. Inclusive, nós da MEDSSIM nos colocamos à sua disposição. Contamos com uma equipe multidisciplinar para investigar as causas e propor o tratamento mais adequado para o seu caso.

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Psicóloga Regiane Silva

CRP 06/102620

Graduada pela Universidade do Sagrado Coração USC – Bauru; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – Integrante da comissão de especializadas associadas (COESAS )

Especialista em transtornos alimentares e obesidade e cirurgia bariátrica.

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Nutricionista Juliana Roque Martins Pugliese

CRN 22242

Nutricionista formada pela UNIFEV – Centro Educacional de Votuporanga – SP

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – COESAS

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Membro titular com Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (SBMEE)

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Residência Médica em Cirurgia Geral e Urologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

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Professor de Urologia e Cirurgia Geral da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Dra. Patrícia Nascimbem Pugliese Pires​

CRM-SP 112108​

Médica formada pela Faculdade de Medicina da USP – São Paulo

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São Paulo (HCFMUSP-SP) 

Título de especialista em Endocrinologia
e Metabologia RQE:31240

Certificado de Atuação na área de Endocrinologia Pediátrica RQE:312401

Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia SBEM  

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica (SBCBM) – COESAS

Dr. Vitor Maia Pires

CRM-SP 113.081 | CRM-MS 13.003

Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP – Ribeirão Preto

Residência médica em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas da USP – São Paulo (HCFMUSP-SP) 

Título de especialista em Cirurgia Bariátrica RQE 312422

Título de especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo RQE 312422

Título de especialista em Cirurgia Videolaparoscópica  RQE 312421

Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica 

Membro do American College of Surgeons – FACS