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Distúrbios do crescimento infantil: o que são?

O crescimento é um dos principais indicadores de saúde durante a infância. Quando uma criança apresenta uma curva de desenvolvimento fora do esperado, pode ser sinal de que há alterações importantes no organismo.

Esses quadros são chamados de distúrbios do crescimento infantil, e compreender suas causas, sinais e formas de tratamento é essencial para garantir que os pequenos tenham um desenvolvimento saudável.

Neste artigo, vamos explicar o que são os distúrbios do crescimento, suas principais causas, como são diagnosticados e quais os tratamentos disponíveis.

O que é considerado crescimento normal?

O crescimento infantil não acontece de forma linear. Ele ocorre em fases, com períodos de maior aceleração (como no primeiro ano de vida e na puberdade) e fases mais lentas.

Para acompanhar esse processo, médicos utilizam curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), que mostram a estatura e o peso ideais de acordo com a idade e o sexo da criança.

Um crescimento é considerado normal quando a criança mantém sua trajetória dentro dos percentis esperados da curva. Já desvios persistentes — seja para mais ou para menos — podem indicar um distúrbio.

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O que são distúrbios do crescimento infantil?

Os distúrbios do crescimento infantil são alterações que impedem a criança de atingir a estatura ou o desenvolvimento esperado para a sua idade e genética.

Eles podem se manifestar de duas formas principais:

  • Baixa estatura: quando a criança cresce menos do que o esperado;
  • Crescimento excessivo: quando cresce mais rápido ou acima do padrão para a idade.

Embora menos comuns, também existem distúrbios relacionados à desproporção corporal, em que partes do corpo crescem de forma irregular.

Principais causas dos distúrbios do crescimento

As origens podem ser variadas e vão desde fatores ambientais até condições genéticas ou hormonais. Entre as mais comuns, destacam-se:

1. Fatores nutricionais

A desnutrição, seja por falta de acesso a alimentos ou por dietas desequilibradas, é uma das principais causas de baixa estatura no mundo. A deficiência de vitaminas e minerais, como ferro, zinco e vitamina D, também interfere diretamente no crescimento.

2. Doenças crônicas

Condições como doenças cardíacas, renais, gastrointestinais ou respiratórias podem comprometer a absorção de nutrientes e a produção de hormônios, refletindo no desenvolvimento infantil.

3. Distúrbios hormonais

  • Deficiência de hormônio do crescimento (GH): impede que a criança cresça no ritmo adequado;
  • Hipotireoidismo: reduz a velocidade de crescimento e pode afetar o desenvolvimento neurológico;
  • Puberdade precoce: acelera o crescimento inicial, mas pode comprometer a estatura final.

4. Fatores genéticos

Alterações nos genes ou síndromes específicas, como a síndrome de Turner ou acondroplasia, podem levar a padrões de crescimento diferentes do habitual.

Como identificar sinais de alerta?

Pais e cuidadores devem estar atentos a alguns sinais que podem indicar distúrbios de crescimento:

  • A criança não acompanha a curva de crescimento estabelecida pelo pediatra;
  • Diferença significativa de estatura em relação a colegas da mesma idade;
  • Atraso no desenvolvimento puberal (ou início precoce demais);
  • Alterações de proporção corporal, como braços ou pernas muito curtos em comparação ao tronco.

É importante lembrar que pequenas variações são comuns, mas quando o desvio persiste por mais de 6 meses, é necessário buscar avaliação médica.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado por meio de uma combinação de exame clínico, histórico familiar, exames laboratoriais e de imagem. Entre os principais recursos estão:

  • Curvas de crescimento: acompanhamento da estatura, peso e índice de massa corporal (IMC);
  • Exames de sangue: para avaliar hormônios, vitaminas e presença de doenças crônicas;
  • Raio-X de punho: usado para determinar a idade óssea e verificar o potencial de crescimento;
  • Testes hormonais: para confirmar deficiências ou excessos na produção de hormônios.

Tratamento dos distúrbios do crescimento infantil

O tratamento depende da causa identificada e pode incluir:

1. Reposição hormonal

Em casos de deficiência de hormônio do crescimento, o tratamento pode ser feito com aplicação de GH sintético. Já no hipotireoidismo, utiliza-se reposição de hormônios tireoidianos.

2. Correção nutricional

Dietas equilibradas, suplementação vitamínica e acompanhamento com nutricionista são fundamentais quando a causa é deficiência alimentar.

3. Tratamento da doença de base

Quando o distúrbio está associado a doenças crônicas, o controle adequado da condição primária pode ajudar a normalizar o crescimento.

Qual o prognóstico?

Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitas crianças conseguem recuperar o crescimento esperado ou minimizar os impactos do distúrbio.

Por isso, o acompanhamento regular é indispensável. Consultas de rotina permitem identificar alterações ainda no início, quando as chances de sucesso do tratamento são maiores.

Prevenção e cuidados no dia a dia

Embora nem todos os distúrbios possam ser prevenidos, alguns cuidados reduzem bastante os riscos:

  • Garantir uma alimentação balanceada e rica em nutrientes;
  • Incentivar hábitos de sono adequados, já que o hormônio do crescimento é produzido principalmente durante a noite;
  • Estimular atividades físicas regulares;
  • Manter o calendário de consultas e exames pediátricos em dia;
  • Observar e registrar sinais de alteração no crescimento, como roupas que deixam de servir mais rápido ou mais devagar que o esperado.

Leia mais – Hipotiroidismo em crianças: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamentos!

Conclusão

Se você suspeita que seu filho não está crescendo conforme o esperado, procure um endocrinologista pediátrico. O acompanhamento médico permite o diagnóstico precoce e o tratamento mais adequado. Nós da MEDSSIM nos colocamos à sua disposição. 

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Psicóloga Regiane Silva

CRP 06/102620

Graduada pela Universidade do Sagrado Coração USC – Bauru; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – Integrante da comissão de especializadas associadas (COESAS )

Especialista em transtornos alimentares e obesidade e cirurgia bariátrica.

Clínica de atuação – Psicanálise

Nutricionista Juliana Roque Martins Pugliese

CRN 22242

Nutricionista formada pela UNIFEV – Centro Educacional de Votuporanga – SP

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – COESAS

Pós-graduação em alimentos funcionais, fitoterapia e suplementação FAMERP Rio Preto-SP

Capacitação em tratamento nutricional na cirurgia bariátrica – São Paulo

Dr. Caio Junqueira Marçal

CRM 125476

Residência Médica em Ortopedia/Traumatologia e Cirurgia do Joelho e Trauma pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

Membro titular com Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) Membro titular com Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ)

Membro titular com Título de Especialista da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício (SBMEE)

Membro associado da ISAKOS (International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine)

Dr. Tarso Nascimbem Ferraz

CRM 144442

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Residência Médica em Cirurgia Geral e Urologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP

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Dra. Patrícia Nascimbem Pugliese Pires​

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e Metabologia pelo Hospital das Clínicas da USP –
São Paulo (HCFMUSP-SP) 

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e Metabologia RQE:31240

Certificado de Atuação na área de Endocrinologia Pediátrica RQE:312401

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e Metabologia SBEM  

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica
e Metabólica (SBCBM) – COESAS

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Título de especialista em Cirurgia Bariátrica RQE 312422

Título de especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo RQE 312422

Título de especialista em Cirurgia Videolaparoscópica  RQE 312421

Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica 

Membro do American College of Surgeons – FACS